sexta-feira, 5 de junho de 2020

Aldeone mostra preocupação com a Covid-19 e sugere mais calma no debate sobre retomada do futebol

O presidente do Sousa, Aldeone Abrantes, se mostrou reticente sobre a hipótese de o futebol paraibano voltar à ativa ainda neste mês de junho, como projeta a Federação Paraibana de Futebol (FPF). O dirigente do Dinossauro argumenta que a ainda crescente confirmação de novos casos da Covid-19 no estado impossibilita o retorno dos treinos neste momento. Ele sugere que o mais sensato seja esperar pelo menos até o mês de julho.

Aldeone argumenta que tem acompanhado os noticiários e, ciente que a curva de casos do novo coronavírus segue em crescimento na Paraíba, ele sugere que essa projeção da FPF seja adiado por pelo menos 15 dias, com a volta dos treinos sendo agenda para o início de julho, na expectativa de uma redução de casos da Covid-19.

- Acho que poderíamos aguardar até diminuir essa curva. Creio que mais uns 15 dias para a frente daria para iniciar os treinamentos - completou o dirigente.

Todo o discurso do presidente do Sousa, porém, considera um plano de ajuda financeira aos clubes, que terão que seguir protocolos de segurança durante a retomada, para evitar a disseminação do vírus. Para isso, uma ajuda em específico é fundamental: as receitas dos programas de incentivo ao esporte do Governo do Estado da Paraíba. Sem esse auxílio, Aldeone disse que não tem sequer previsão de retomar as atividades.

- Se esse benefício (programa de incentivo ao esporte do Governo do Estado da Paraíba) for resolvido, aí eu sou a favor da volta. Mas tem que ser feita na hora certa. Sem o benefício, não tem como. Os jogadores vão jogar de graça, é?! O Sousa e, creio eu, 50% dos clubes do Paraibano, não têm condições de voltar sem essa ajuda do Governo - explicou Aldeone Abrantes.

O programa de incentivo ao esporte citado por Aldoene Abrantes foi anunciado pelo Governo do Estado da Paraíba no dia 13 de janeiro deste ano e instituído no dia 24 do mesmo mês. A parte do programa que ficaria responsável por dar um suporte aos clubes de futebol masculino da 1ª divisão do Paraibano, o "Paraíba Esporte Total", porém, ainda segue sem previsão de aplicação. O aporte financeiro desse benefício é fixado em R$ 4 milhões. Desse montante, 75% seria dividido entre os 10 clubes da elite do estadual.

O assunto sobre a retomada dos treinos na Paraíba ainda neste mês de junho tem dividido opiniões dos clubes do estado. Em Campina Grande, o Treze foi o primeiro a se mostrar favorável, com o presidente Walter Júnior já vislumbrando, inclusive, o retorno da torcida aos estádios dentro em breve, e o Campinense também vê com bons olhos essa projeção, com o presidente Paulo Gervany alertando sobre a necessidade de haver consenso entre os médicos dos clubes para a definição do protocolo de segurança. Já em João Pessoa, o Botafogo-PB é a favor da volta, mas apenas quando houver uma diminuição considerável de novos casos da Covid-19. No Sertão, o Nacional de Patos foi veemente contra. E o Sport Lagoa Seca também se opõe a essa ideia.