terça-feira, 9 de junho de 2020

Equipe com melhor saúde financeira do Estado admite dificuldade para pagar os salários dos próximos meses

O Botafogo pagou os salários de maio nessa segunda-feira. Apesar de estar pagando em dia os vencimentos dos atletas e dos funcionários, as coisas não estão as mil maravilhas. É que no comunicado oficial do presidente do Belo, Sérgio Meira, aos empregados, o dirigente revelou que vai ser difícil manter o nível de compromisso financeiro no mês que vem.

- Diante do caos no país e no mundo, é incerto que nos meses vindouros os vencimentos sejam cumpridos absolutamente como vem acontecendo. A diretoria já está empenhada em buscar alternativas para manutenção desses salários e sobretudo dos empregos - analisou o dirigente.

Após acordo com atletas e funcionários, o Botafogo tem pago os salários dos jogadores com redução de 25% e dos demais empregados com redução de 15%. Salários até R$ 1.500 estão sendo pagos normalmente.

O Botafogo tem depositado sua esperança para poder manter os pagamentos em ordem no programa do Governo do Estado da Paraíba voltado para os times profissionais, o Esporte Total, que substitui o Gol de Placa e promete menos burocracia para subsidiar os times. No entanto, até o momento, os recursos ainda não entraram nos cofres dos clubes.

- Estamos aguardando a liberação, pelo Governo do Estado, da cota do clube no que se refere ao programa Paraíba Esporte Total, destinado aos clubes de futebol da Paraíba. A cada segunda-feira, a diretoria se reúne (por videoconferência) e analisa o cenário, buscando sempre cumprir os compromissos - explicou.

Além do programa estatal, a diretoria também estuda outras alternativas para driblar a dificuldade financeira. Como revelou a reportagem do GE, o Botafogo aguarda propostas de negociação de pelo menos dois atletas bem vistos no mercado: o atacante Lohan e o zagueiro Wálber, que está emprestado ao Athletico-PR. 

Além da crise financeira, a gestão atual do Botafogo, comandada por Sérgio Meira, enfrenta ainda uma crise política. O conselheiro Alexandre Almeida, filho de Breno Morais e integrante da oposição do clube, pediu o afastamento do mandatário botafoguense, em virtude da não apresentação das contas do exercício financeiro do ano passado, como versa a Lei Pelé. A tendência, no entanto, é que o pedido seja indeferido pelo presidente do Conselho Deliberativo , Luciano Wanderley. 

 GE

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