quarta-feira, 11 de outubro de 2017

TJD intima CSP e FPF para apresentarem defesa em ação do Internacional-PB

Uma semana após o Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol da Paraíba, autorizar, por meio de um mandado de segurança, a participação de Tassiano Gadelha, presidente do Internacional-PB, na reunião na Federação Paraibana de Futebol para discutir o Campeonato Paraibano de 2018, a polêmica tomou novos rumos. Nessa terça-feira, o tribunal intimou a Federação Paraibana de Futebol e o CSP para apresentarem as suas defesas na ação em que o Colorado move para excluir o Tigre do Paraibano do ano que vem.

O Internacional exige a vaga do CSP no Campeonato Paraibano, com a justificativa de que o Tigre tem uma ação na justiça comum em que cobra a CBF por uma taxa de transferência de um antigo jogador do clube. Ao final da reunião na última quarta-feira, inclusive, Tassiano Gadelha afirmou que, hoje, a vaga pertence à sua equipe. No entanto, segundo o presidente do TJDF, Lionaldo Santos da Silva, nada está definido e o tribunal ainda vai julgar o caso.

Apesar da certeza de Tassiano Gadelha, tanto Amadeu Rodrigues, presidente da FPF, quanto Josivaldo Alves, presidente do CSP, se mostraram tranquilos e garantiram que quem vai jogar o estadual do ano que vem é mesmo o Tigre.

- A participação de Tassiano na reunião foi a partir de uma decisão da justiça. Mas ele não teve nem direito a voz. Participou como ouvinte. Até porque nós temos 10 clubes garantidos. Ele não poderia votar. Quem vai disputar o campeonato é o CSP. Além disso, eu não recebi nada da CBF com relação a esse processo – afirmou Amadeu Rodrigues.

Josivaldo, inclusive, confirmou que o CSP tem um processo na justiça comum, mas garantiu que passou por todas as instâncias desportivas e, como não foi atendido, permanece exigindo o seu direito.

- O que nós temos é uma ação referente a um antigo atleta nosso, que se encontrava no BID, e o setor de registro da CBF liberou o jogador sem nenhuma compensação financeira. Nós sabemos que, para uma quebra de contrato, é preciso um acordo entre as partes ou o pagamento da multa rescisória. A gente aguarda um entendimento da justiça favorável ao nosso clube, já que o que aconteceu foi uma ruptura de um contrato em vigor.

O dirigente do Tigre, depois, ponderou ainda que antes de acionar a justiça comum esgotou os trâmites da justiça desportiva, conforme manda a lei:

- Passamos por todas as instâncias, chegamos à FIFA, que é a maior delas, e só depois disso é que fomos para a justiça comum. Não temos nada contra a CBF, nada contra a FPF, apenas exigimos o nosso direito – contou Josivaldo Alves.

A polêmica acontece justamente entre as reuniões para decidir o futuro do Campeonato Paraibano em 2018. Inclusive, na próxima segunda-feira, está marcado o segundo encontro entre Amadeu Rodrigues e os representantes das equipes que vão disputar o estadual. Por ora, o Internacional está fora da reunião, pois vai precisar apresentar um novo mandado de segurança.

GE