terça-feira, 10 de dezembro de 2019

Presidente do SINAFEP divulga nota de repúdio ao novo comando da arbitragem paraibana

Nova arbitragem Paraibana

A Federação Paraibana de Futebol (FPF), de maneira conivente, vem permitindo que o presidente da Comissão Estadual de Arbitragem destrua o trabalho e empenho dos homens e mulheres, árbitros e assistentes, que se mantêm firmes na luta pela moralidade e combate a corrupção do Futebol Paraibano.

Quem não lembra dos motivos que levaram à intervenção da FPF, e por conseguinte, a realização de novas eleições? Pois bem, parece que Michele Ramalho não apenas esqueceu o que permitiu sua chegada a Presidência da entidade, como de maneira questionável, permite que um forasteiro "DITE" o que deve ser feito no Futebol Paraibano.

O porque desta postura por parte da Presidente da FPF, visto sabermos que a mesma tem ao seu lado o auxílio de dois membros na diretoria, Sr.Otamar e Sr.Cassiano, que poderiam intervir, por conhecer o Futebol Paraibano, além de conhecer a capacidade técnica e profissional de muitos Ex- Árbitros do Estado, ao ponto de indicarem algum destes para comandar a Arbitragem Paraibana?

Arthur Alves, desde sua chegada a Paraíba, vem sendo motivo de polêmicas, e chacota para os vários membros da arbitragem, e amantes do Futebol Paraibano. Ex-presidente do Sindicato dos Árbitros de Futebol do Estado de São Paulo desembarcou no estado por decisão da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), sob indicação do Sr. Sérgio Correia, ainda na intervenção que antecedeu a vitória de Michele para comando da Federação Paraibana.

Em 2015, foi demitido do antigo cargo que ocupava há dez anos na Federação Paulista, após ter sido acusado de assédio moral e sexual pela árbitra Fifa Regildênia de Holanda Moura, inclusive tendo mais mulheres relatado sofrido assédio de Arthur. Pesa contra Arthur, a acusação entre outros crimes o de falsificação.

Apesar dos vários fatos que contrapõe a moralidade, Michele Ramalho insistiu na manutenção de Arthur como comandante da Comissão de Arbitragem do Futebol Paraibano, com o argumento que uma Nova Arbitragem seria implantada. Será que isso ocorreu?

Da chegada de Arthur Alves até o presente momento

- Realização de uma Pré Temporada, com instrutores FIFA, para o Campeonato Paraibano de 2019, onde não seguiu, muito menos respeitou orientações básicas para uma preparação física e técnica dos membros da arbitragem;

- Reafirmou que a Arbitragem Paraibana iria comandar o Campeonato 2019, inclusive com a presença dos não envolvidos na Operação Cartola (após cobrança da Presidência do SINAFEP (Sindicato encaminha ofício a FPF pedido volta dos árbitros Paraibano {GE}); com a ajuda de nomes da arbitragem do quadro nacional, a exemplo Marcelo Aparecido e Wagner Reway. Mas o que ocorreu foi a utilização mínima dos árbitros da Paraíba, e a invasão de árbitros de vários estados, inclusive "SEM" pertencerem ao quadro da CBF;

- Assediou árbitros e assistentes, induzindo estes a aceitarem ser de responsabilidade dos clubes o pagamento da Arbitragem durante campeonato paraibano 2019. Se não bastasse repugnante atitude, continuou com estas orientações para os alunos do Curso de Arbitragem de Futebol, interessados em atuar nos Campeonatos de 2020, quando da divulgação do Curso através do *Pedido de Inscrição para o ingresso, ou composição da relação da CEAF-PB (imagem em anexo), agindo totalmente contrário ao que reza o Estatuto do Torcedor (Lei nº 10.671/2003), em seu CAPÍTULO VIII (DA RELAÇÃO COM A ARBITRAGEM ESPORTIVA):

Art. 30. É direito do torcedor que a arbitragem das competições desportivas seja independente, imparcial, previamente remunerada e isenta de pressões.

Parágrafo único. A remuneração do árbitro e de seus auxiliares será de responsabilidade da entidade de administração do desporto ou da liga organizadora do evento esportivo).

Além de Ilegal, e totalmente Imoral, ações de comissões estaduais de arbitragem, vêm obrigando os árbitros a assinar documentação, no qual afirma ser profissional autônomo e que aceita a condição de receber sua “taxa” diretamente do sindicato da categoria, ou do clube mandante da partida. Tudo isso para burlar a legislação trabalhista e camuflar a existência de vínculo empregatício. Entretanto, o vínculo empregatício é facilmente configurado. Fiquemos a princípio com a subordinação, que é o principal dos requisitos necessários. Além de não escolher qual partida irá apitar, o árbitro é obrigado a trabalhar, deslocando-se para a cidade designada. Caso contrário, é colocado na conhecida “geladeira” pela Comissão de Arbitragem. Quem seleciona os árbitros para seus quadros permanentes é a própria entidade desportiva diretiva, FPF. É ela que organiza, planeja e arca com as despesas das pré-temporadas realizadas no início do ano. Os árbitros também são obrigados a utilizar os uniformes cedidos pela federação na qual esteja filiado. Ou seja, são inúmeros os exemplos que caracterizam perfeitamente a existência do vínculo empregatício entre árbitro de futebol e a entidade desportiva organizadora e responsável;

- Única entidade da País, que não providenciou uniforme de arbitragem adequado para a atuação de seus representantes, obrigando os mesmos a utilizarem uniformes emprestados durante o campeonato paraibano 2019, e nos Campeonatos Sub 19 e Segunda Divisão, fazendo uso de camisas doadas pela CBF, que foram confeccionados e são utilizadas pelos árbitros pertencentes ao quadro nacional, para educação física;

- Não permite que Miguel Félix, membro da Comissão de Arbitragem (pelo menos no "PAPEL"), possa dar contribuição na qualificação dos árbitros, já que o mesmo é Ex- árbitro e Presidente da Comissão de Arbitragem. Porque então Miguel foi nomeado como Membro da CA, por Michele Ramalho?

- Não existe um responsável técnico e físico para, de maneira contínua, realizar treinamento físico e técnico dos árbitros, de forma a avaliar índices para melhoria e desenvolvimento das valências desejadas.

- Realização do campeonato paraibano Sub 19, com a participação de Árbitros não pertencentes ao quadro da FPF, em desacordo com exigências da própria comissão, ou seja, ser submetido a testes físicos e teóricos para ingresso no quadro;

- Utilizou estagiários durante partidas do Campeonato Paraibano Feminino *Profissional*, ou seja, alunos do curso de arbitragem em andamento, sem que estes tenham concluído o curso, e sido submetidos a avaliações teórica e físicas para ingresso no quadro da CEAF-PB, consequentemente estando aptos para atuarem em competições Estaduais;

- Enviou relação para a CBF, constando novos nomes de árbitros, assistentes e analistas de arbitragem de futebol, excluindo referências, sem a divulgação e exposição técnica esperada, por quem deve e diz agir com transparência;

- Realizou Avaliação Teórica e Física, dias 06 e 08/12, para os interessados em atuar no Campeonato Paraibano 2020, mudando por três vezes exigências constantes em ofício encaminhado aos árbitros e assistentes, sobre nível cobrado para avaliação. Em Ofício Circular n° 248/ CA-FPF, o nível 1 era o exigido, no Ofício Circular n° 262/CA-FPF, o determinado passou a ser nível 2, e praticamente 36hs antes da avaliação dos testes físicos, precisamente antes da realização avaliação teórica, Arthur Alves mudou novamente o nível que seria exigido, passando a cobrar o nível 3, demonstrando total falta de organização e respeito, além de confirmar a sua irresponsabilidade como Presidente da Comissão de Arbitragem Estadual, ao perceber que na prática, os árbitros e assistentes não estariam no nível que deveriam, e tanto era divulgado inclusive pela Presidente da FPF, ficando claro que este forasteiro, não tem o mínimo interesse na qualificação e desenvolvimento da arbitragem paraibana;

- Durante realização dos testes físicos, foram observadas mais condutas imorais por parte de Arthur Alves. Na avaliação dos tiros de 40x 75 metros, os árbitros foram obrigados a saírem lado a lado, nas saídas em curva. Total desconhecimento, do responsável pela CEAF-PB visto que em tiros de saida em curva, a diferença do ponto de largada de uma raia para outra deve existir para compensar as curvas;

- Informou durante avaliação teórica, que o deferimento de quem atuará em 2020, ou seja, divulgação dos aprovados nos testes teóricos e físicos, será realizado individualmente e por email. Traduzindo, mais uma atitude arbitrária de Arthur Alves, agindo contrário a todas as Comissões de Arbitragem do país, a exemplo da própria CBF que de imediato torna público relação dos aprovados, garantindo assim transparência e respeito aos envolvidos. Com a referida postura, Dirigentes, Imprensa, Torcedores e principalmente membros da arbitragem, NÃO saberão a relação de aptos a trabalharem no campeonato.

Por mais que a Presidente da PFP, Michele Ramalho, possa estar sendo orientada em ter na sua equipe Arthur Alves, ou até mesmo sendo obrigada, pois não sabemos o porquê da manutenção deste indivíduo onde age totalmente contrário aos interesses da Arbitragem Paraibana, é FATO, que este forasteiro dia após dia continuará trabalhando contrário ao homens e mulheres que fazem a Arbitragem Nacionalmente, como também ao empenho realizado pela Associação Nacional dos Árbitros de Futebol - ANAF.

Que a Presidente da Federação Paraibana de Futebol- FPF , Michele Ramalho, como também o Presidente da ANAF, Sr. Salmo Valentim, possam buscar confirmação dos atos imorais praticados por Arthur Alves, anteriormente citados, com imagens divulgadas em anexo, e possam administrativamente punir e afastar, de uma vez por todas, este senhor das funções de Presidente da Comissão Estadual de Arbitragem da Paraíba.

Eu, juntamente com os árbitros e assistentes de bem que lutam para que atos de corrupção não mais existam no Futebol da Paraíba, amantes do Futebol Paraibano que não aceitam mais atos imorais por parte dos que têm o dever de ser exemplo, estaremos atentos e cobrando da FPF.

Emanuel Diniz
Presidente do SINAFEP e Ex - Árbitro CBF/FPF