quarta-feira, 17 de março de 2021

Presidente da Perilima admite receio de surto generalizado de Covid no clube: "Vai espalhando"

Em meio a tantos estragos causados pela Covid-19, o futebol tem se apresentado como um dos segmentos nos quais os protocolos de segurança têm surtido algum feito. Mas não total, é claro. Alguns clubes, por exemplo, têm sofrido baixas importantíssimas em seus elencos. Um deles é a Perilima, que nesta semana teve sete jogadores, um dirigente e o preparador físico contaminados pelo coronavírus. E o presidente do clube paraibano, Jailton Oliveira, teme que o problema se alastre ainda mais.

— A gente fica até preocupado porque lidamos com atletas que estão alojados, então quando contamina um vai espalhando para os outros. Essa é a nossa preocupação — admitiu Jailton.

Por conta do surto na sua delegação, a Perilima teve que entrar em campo — na segunda-feira, contra o Bahia, pela Copa do Brasil Sub-20 — com apenas oito jogadores, sendo que um volante estava improvisado no gol. Resultado: o time estava sendo goleado por 4 a 1 quando, ao fim do primeiro tempo, ganhou mais dois desfalques, por lesão, ficou com número insuficiente de atletas, e a partida foi encerrada, decretando a eliminação da Águia de Campina, como é conhecida a equipe.

A reportagem tentou entrar em contato com os dirigentes da Perilima, para pegar mais detalhes sobre as consequências da doença no clube. Mas as ligações não foram atendidas e as mensagens de texto não foram respondidas.

O que se sabe, até o momento, é que os sete jogadores contaminados — que não tiveram seus nomes revelados — estão assintomáticos e já colocados em isolamento. Além deles, o gerente de futebol do clube, Ramon Smith, apresenta alguns sintomas, mas controlados. Já o preparador físico Toni Souza inspira mais cuidados, tanto que está internado em um hospital de Campina Grande. Por fim, o técnico Dinho sequer comandou o time no jogo dessa segunda-feira, porque estava com febre, e ainda aguarda resultado do exame.

O presidente Jailton Oliveira admitiu que está bastante preocupado com essa situação. O receio do dirigente é de que a doença se espalhe entre outros jogadores, integrantes da comissão técnica e funcionários e acarrete um surto generalizado. Para evitar isso, os cuidados já foram redobrados. Mas o problema, ele sabe, vai muito além do que se vê dentro do clube.

— O que nós temos visto é uma crescente do número de casos no Brasil inteiro e o aumento, em vários estados, de leitos lotados. Eu estava vendo em Fortaleza uma fila para buscar certidão de óbito. Eu acho que está chegando o momento de termos mais atenção, mais cuidado com isso. Porque é a vida — desabafou o dirigente.

GE

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