quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

Técnico do Campinense busca surpreender na Copa do Brasil e diz não temer o Atlético-MG

Foto: Daniel Lins
Oliveira Canindé vai voltar a dirigir o Campinense em uma Copa do Brasil nesta quarta-feira (12), quando enfrentará o Atlético-MG, no estádio Amigão, às 21h30 precisando vencer para chegar até a segunda fase. Empate e derrota eliminam a Raposa do torneio nacional.

Na primeira vez que esteve a frente do rubro-negro na competição, em 2013, a equipe foi eliminada pelo Flamengo – que viria a ser campeão -, na segunda-fase, após eliminar o Sampaio Corrêa-MA na primeira. Prestes a enfrentar mais um adversário de Série A do Campeonato Brasileiro, o técnico falou sobre o que espera da partida.

– O adversário é de um nível muito alto. É um gigante do futebol brasileiro, nós respeitamos muito, mas precisamos fazer nossa parte. Se você tem personalidade para jogar, esse é o jogo para jogar e fazer história – disse.

Em sua carreira, Canindé tem fama de fazer seus times jogarem para a frente, com muita posse de bola, pressionando o adversário com marcação alta e os jogadores trocando de posição com frequência. Contra um adversário de peso, o treinador prega cautela e respeito, mas diz que não vai mudar sua forma de jogar. O comandante rubro-negro se inspira em equipes como Vitória-ES e River-PI, que eliminaram os favoritos CSA-AL e Bahia, respectivamente.

– O pau que dá em Chico tem que dar em Francisco. Não pode chegar num jogo desse e ir com muita sede ao pote que podemos morrer de sede. Tem que ter sabedoria para impor a condição, mas saber que quando o adversário tiver a bola, vai propor o jogo. É um time grande. Mas temer, nós não tememos. Vamos fazer nossa parte, com entrega e disposição para honrar nosso torcedor que acredita e vai nos apoiar. A Copa do Brasil possibilita surpresas. Precisamos nos concentrar bem no que vamos fazer. Entrega e disposição sozinhas não vão fazer a diferença, temos que mostrar também nossa qualidade. Vivemos situação complicada financeiramente, seria um desafogo muito grande. Por isso, precisamos jogar com nossa alma para fazer nosso melhor – explicou.

Uma das polêmicas atuais no futebol brasileiro é a presença de treinadores de fora do país, especialmente após 2019, quando Jorge Jesus e Jorge Sampaoli, dirigindo Flamengo e Santos, respectivamente, dominaram a primeira divisão nacional, fazendo trabalhos muito superiores aos seu colegas de profissão brasileiros que, por sua vez, frequentemente, dão declarações diminuindo o feito dos estrangeiros, sem admitir que podem ter uma maneira de ver o futebol ultrapassada.

Oliveira Canindé, entretanto, tem outra visão. Antes de enfrentar o venezuelano Dudamel, que dirige o Galo Mineiro, o técnico do Campinense enxerga o trabalho de profissionais vindos de fora do país como uma forma de se adquirir mais conhecimento e melhorar o seu trabalho.

– Desejo muita sorte e felicidade para ele. Embora muitos vejam como rivalidade o treinador estrangeiro, você tendo a oportunidade e aproveitando da melhor maneira possível, vai sempre acrescentar aos nossos conhecimentos – afirmou.

Equipe @Vozdatorcida