sexta-feira, 5 de junho de 2020

Campinense quer a união dos clubes para que os órgãos de saúde liberem a volta do Futebol

O presidente do Campinense, Paulo Gervany comentou a reunião da última quarta-feira, na qual a FPF demonstrou o seu plano para que os treinos sejam retomados no dia 15 de junho e que, assim, o Campeonato Paraibano seja reiniciado no dia 5 de julho, para ser concluído em 26 do mesmo mês. O presidente da Raposa agora deseja união entre os médicos das 10 equipes que disputam a elite do futebol no estado no encontro desta sexta-feira para que um plano de retomada seja aprovado e assim todos possam lutar, juntos, para convencer o Governo da Paraíba de que é seguro fazer o futebol em meio ao avanço do novo coronavírus.

– Tivemos uma reunião extensa e produtiva na quarta-feira. Principalmente sobre o plano de retomada dos treinamentos. Vai ser necessária uma junta médica, com os profissionais de saúde de todas as equipes, para a elaboração de um protocolo médico baseado no plano proposto pela CBF. Quando isso estiver pronto, poderemos pleitear com os órgãos de saúde a liberação dos treinos. Primeiramente, retomamos as atividades e, depois de 15 dias, a gente quer reiniciar o Campeonato Paraibano. Vamos torcer para que tudo dê certo, isso com as normas de segurança que a situação exige – declarou Gervany.

Até aqui, seis clubes já se manifestaram sobre a possibilidade de retomada do futebol paraibano ainda neste mês. Além de Campinense e Treze, que são a favor da volta, o Botafogo, Nacional de Patos, Sport Lagoa Seca e Sousa se posicionaram contra o retorno da competição neste momento.

O Campeonato Paraibano está paralisado desde o dia 19 de março. Para que a competição seja concluída, restam duas rodadas da primeira fase, além do Clássico Emoção, entre Botafogo e Campinense, em duelo atrasado da sétima rodada. Depois disso, ainda faltam os quatro jogos das semifinais e as duas partidas da finalíssima. No entanto, a crise atingiu todos os clubes, com alguns times dispensando os seus jogadores por não possuírem condições financeiras de arcar com as despesas nesse período de pandemia.

No Campinense, muita coisa mudou. O clube, que suspendeu os contratos dos funcionários, com exceção dos profissionais de segurança, trocou a comissão técnica nesse período de paralisação. Oliveira Canindé foi demitido sob a alegação de que a Raposa não poderia honrar com os compromissos com o treinador campeão do Nordeste em 2013. Para o seu lugar, o Rubro-Negro contratou Ruy Scarpino, que tem uma passagem pela equipe em 2018.

O que mais preocupa também é o avanço da doença pela Paraíba. Desde que a competição foi paralisada, a Covid-19 somente avança pelo estado: já são 17.579 casos e 438 óbitos confirmados pela Secretaria de Estado da Saúde até essa quinta-feira.

GE