domingo, 27 de dezembro de 2020

Treze defende adiamento do Paraibano para o 2° semestre e torce por volta do torcedor aos estádios

O presidente do Treze, Walter Júnior, é o principal defensor do adiamento do Campeonato Paraibano para o segundo semestre de 2021. A ideia é discutida informalmente pelos clubes e, mesmo sem consenso, vem ganhando força nos bastidores da Federação Paraibana de Futebol (FPF). De acordo com o dirigente galista, na incerteza de contar com o patrocínio do Governo, o melhor é esperar a liberação da torcida nos estádios.

Walter Júnior defende sua posição apresentando as finanças do próprio clube. Segundo ele, o Treze chegaria ao final de 2020 praticamente sem dívidas se tivesse contato com a receita das arquibancadas. Ele lembra os três jogos que teve como mandante sem público depois da volta do Campeonato Paraibano, em julho.

- O Treze chegou à reta final para jogar com o Campinense e não teve renda nenhuma. Depois tivemos a semifinal contra o Botafogo-PB sem público. As finais contra o Campinense, mais uma vez, com os portões fechados. Fizemos esses jogos sem renda. Fomos campeões, mas não tivemos o Amigão lotado. Com certeza se tivéssemos torcida, teríamos grandes rendas. Pelo contrário, fomos campeões mas só tivemos despesas - lamenta Walter Júnior.

O dirigente reconhece que o adiamento do Campeonato Paraibano de 2021 pode trazer problemas. Mesmo com duas competições garantidas no primeiro semestre - Copa do Brasil e Copa do Nordeste - o Treze pode jogar apenas nove partidas até o início da Série D. O que poderia complicar o planejamento. Ainda assim, Walter Júnior não vê outra saída.

- São poucos jogos, é verdade. Mas a gente vai procurar fazer um time enxuto, sem uma folha salarial alta. E aí contamos com o apoio dos patrocinadores que forem fazer parte dessa caminhada com o Treze . Estamos batalhando para resolver as questões trabalhistas de uma vez por todas para termos mais tranquilidade - discursou.

Apesar de ter assinado a ata pedindo o cancelamento do Campeonato Paraibano de 2021, o presidente do Treze admite que pode voltar atrás na decisão. Mas isso só aconteceria caso o Governo liberasse os recursos do Paraíba Esporte Total.

- O Campeonato Paraibano não pode deixar de existir. Mas diante da falta de recursos, sem público, é difícil. Temos um um campeonato charmoso... Jogar em Patos, em Sousa, os próprios clássicos entre Treze, Botafogo-PB e Campinense... Mas sem recurso nenhum como foi esse ano, é difícil.

A solução tem prazo para acontecer. Sete clubes que disputaram o Campeonato Paraibano de 2020 devem entrar nesta segunda-feira com o pedido de acordo de leniência junto ao Ministério Público, por supostas irregularidades cometidas no Gol de Placa. Depois disso, os times têm até quarta-feira para receber o patrocínio referente a 2020 - o Treze teria a receber R$ 368 mil pelas participações no Campeonato Paraibano e na Série C deste ano.
- O Treze vai tentando se adaptar a esse novo normal. Espero que até quarta-feira tenhamos uma solução, com a sensibilidade do Governo, para que todos os clubes possam sair dessa juntos e possamos ter o nosso campeonato - finalizou Walter Júnior.

Por Expedito Madruga/GE

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