quarta-feira, 12 de setembro de 2018

Eduardo Araújo e os seus vices José Moraes, Valdir Cabral e Arlan Rodrigues, registraram candidatura para eleições da FPF que deve ter chapa única

Foto: Paraíba Press
O pré-candidato à presidência da Federação Paraibana de Futebol (FPF), Eduardo Araújo, registrou na tarde desta quarta-feira a sua candidatura para as eleições da entidade, que estão marcadas para o dia 29 de setembro. Ao lado de alguns apoiadores e dos parceiros de chapa - os vices José Moraes, Valdir Cabral e Arlan Rodrigues -, o advogado protocolou o seu pedido na sede da FPF, em João Pessoa. Com o apoio oficializado de 13 clubes profissionais e com o teto do colégio eleitoral fixado em 19 por conta das exigências estatutárias, a eleição de setembro deve ter chapa única.

O advogado já havia se lançado como pré-candidato e buscou nos últimos meses conseguir os apoios necessários para poder inscrever a chapa e se tornar competitivo no pleito. Em seu registro de candidatura, Eduardo conseguiu a subscrição oficial de dois apoios importantes: Botafogo-PB e Campinense, que subscreveram a chapa.

Além desses clubes, assinaram o registro de candidatura os profissionais com direito a voto Atlético de Cajazeiras, Sport-PB, Femar, Spartax, Nacional de Patos e Sousa, totalizando os oito clubes da categoria necessários para legitimar a chapa. Já Auto Esporte, São Paulo Crystal, Queimadense, Paraíba e Nacional de Pombal, que também são profissionais, assinaram o documento, mas ainda seguem com pendências financeiras com a FPF, o que lhes deixam fora do colégio eleitoral neste momento.

Com esse cenário, dificilmente uma chapa de oposição conseguiria ter a assinatura de outras 8 equipes para registrar a chapa, já que é essa uma das exigências estatutárias para validar uma chapa. Para isso, no mínimo uma equipe teria que assinar apoio às duas chapas, o que é vedado pelo estatuto. A punição, nesse caso, não invalida as assinaturas, o que poderia manter o pleito bipolarizado, mas faz com que o clube que tenha assinado duas vezes perca o direito de votar nas eleições.

Dentre os amadores, Eduardo Araújo conseguiu as assinaturas do Boa Vista, Avaí, Força Comunitária, Portuguesa-PB, Scorpios, Flamengo-PB, Padré Zé, União e Atlético Pessoense. Todos os nove times fazem parte do colégio eleitoral.

Segundo Eduardo Araújo, a sua estratégia desde que decidiu por assumir a busca pela candidatura era articular uma maioria já no primeiro momento, para que as eleições fossem de chapa única.

- Registrar a chapa nunca foi a nossa preocupação. A gente começou essa jornada já com o número suficiente de votos para registrar a chapa. A gente só esperou o momento certo para poder juntar clubes suficientes para ser chapa única. As pessoas precisam entender que eu não fui um nome que quis ser presidente e corri atrás de votos. Esse grupo de clubes decidiu esse projeto em conjunto e definimos que não poderia ter ninguém que tivesse sido indiciado (pela Operação Cartola) na chapa. A gente conseguiu isso de maneira muito lúcida, de maneira muito tranquila e levamos o projeto adiante. Aguentamos as mentiras e as confusões que foram armadas com muita paciência e agora é esperar o dia 19 para confirmar que é chapa única e a partir disso pensar os rumos da Federação nos próximos 4 anos - comentou.

Além de Eduardo Araújo, foram inscritos como vices-presidentes na chapa os empresários Arlan Rodrigues, ex-presidente do Atlético de Cajazeiras, Valdir Cabral, ex-presidente do Serrano-PB, e José Morais, ex-mandatário do Spartax de João Pessoa. Para o Conselho Fiscal foram inscritos José Murilio Junior, Eurípedes Leal de Oliveira, Victor Rocha Lucena, Yuri Carlos de Araújo, Jefferson Francisco da Costa e Ana Lucia Oliveira.

Eduardo Araújo é formado em Direito, atua como advogado e tem 31 anos. O dirigente teve uma passagem relâmpago pela FPF quando assumiu o cargo de diretor executivo da entidade na gestão de Amadeu Rodrigues. Ele começou a trabalhar no dia 9 de abril, quando foi deflagrada a Operação Cartola, que investigou um esquema de corrupção entre dirigentes da FPF e de clubes de futebol que supostamente agiram para manipular resultados do Campeonato Paraibano deste ano.

Em junho, quando Amadeu foi afastado e Nosman Barreiro, então vice-presidente, assumiu a FPF, Eduardo pediu demissão. Ele, ao lado de alguns clubes profissionais e amadores, articularam politicamente para tirar Nosman do cargo e antecipar as eleições. O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), no entanto, se meteram no caso e Nosman foi afastado, dando lugar ao interventor João Bosco Luz, que está na FPF para organizar as eleições da entidade que acontecem no dia 29 de setembro

GE