quinta-feira, 7 de janeiro de 2021

Com mais de R$ 7 milhões em dívidas trabalhistas, Treze pode ter cotas da Copa do Nordeste, Copa do Brasil e Timemania bloqueadas pela justiça

O ano de 2021 não começou da maneira que o Treze Futebol Clube esperava. Isso porque o Tribunal Regional do Trabalho da 13ª Região determinou o bloqueio de todas as verbas previstas para entrar no clube ao longo da temporada. Isso para o pagamento de dívidas trabalhistas que o clube possui com profissionais que defenderam o Galo nos últimos anos. De acordo com um documento do TRT ao qual o ge Paraíba teve acesso, a dívida é de mais de R$ 7 milhões. O presidente do Alvinegro, Walter Cavalcanti Júnior, admitiu que os problemas existem, mas prometeu soluções para liberar a verba.

A decisão da Justiça do Trabalho, através do juiz Lindinaldo da Silva Marinho, foi do dia 23 de dezembro do ano passado. No documento, foi determinado o bloqueio das cotas que o Treze tem direito a receber, como por exemplo o dinheiro pelas vagas na Copa do Nordeste e da Copa do Brasil, ou até mesmo o repasse do programa de incentivo do Governo do Estado. Este, porém, está travado, já que os dirigentes ainda não assinaram o acordo de leniência junto à comissão que está a par do caso.

Ainda antes da determinação do bloqueio dos recursos do clube, que aconteceu no dia 23 de dezembro de 2020, aconteceu uma audiência na tentativa de conciliação, isso no dia 15 de dezembro. Na ocasião, o juiz Lindinaldo da Silva Marinho informou que seria inviável entrar num acordo tendo em vista que o montante da dívida é superior a R$ 7 milhões.

O ge Paraíba entrou em contato com Thiago Soares, que é um dos advogados dos profissionais que atuaram pelo Treze e que cobram pendências do clube. Ele informou que, após essa determinação do bloqueio dos recursos do Galo, a vara entra em contato direto com a fonte pagadora - seja banco, competições ou até mesmo a Federação Paraibana de Futebol (FPF) -, conseguindo a verba diretamente com quem fornece as cotas. Contudo, como a Justiça está de recesso, só é possível confirmar se o dinheiro foi repassado na última semana deste mês, quando os processos voltam a ser discutidos com o fim do recesso.

A ação contra o Treze envolve jogadores que defenderam o time nos últimos anos, como são os casos de Fernandes, Diogo Peixoto, Charles Vágner e o técnico Luizinho Lopes, que comandou a equipe durante a Série C de 2019. Até mesmo o treinador Givanildo Oliveira, que comandou o Alvinegro em 2014, está cobrando atrasados.

O advogado ainda revelou que existem outros processos de ex-integrantes do Treze na Justiça do Trabalho. Esses, todavia, ainda estão em andamento, cabendo, inclusive, recursos.

De acordo com o documento do TRT-PB da 13ª região, enquanto existirem a dívida e o bloqueio, o Treze Futebol Clube vai estar com o nome no Serasa.

Em meio ao processo de bloqueio determinado pela Justiça do Trabalho, o dinheiro da Timemania também vai ser retido para que essa dívida milionária seja quitada.


Presidente fala sobre a questão

-    É um feito o Treze estar entre os 20 maiores times da Timemania. Nós pretendemos, com esse recurso, dar uma trabalhada em cima dos problemas trabalhistas que o Treze tem, para que a gente consiga sair das dificuldades de bloqueios que existem no CNPJ do Treze Futebol Clube. Eu tenho me reunido com advogados. Já nos reunimos com mais 70 advogados trabalhistas. A gente caminha para obter sucesso nisso aí. Vamos apresentar algumas documentações que foram solicitadas pela Justiça do Trabalho nos próximos dias. A gente quer sair dessa situação incômoda para selar esse acordo e deixar o Treze em outro patamar – contou Walter Cavalcanti Júnior.

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