terça-feira, 17 de maio de 2022

Vice-presidente do Treze,Arthur Bolinha, detorna o presidente, Olavo Rodrigues

O vice-presidente do Treze, o empresário Artur Bolinha, fez uso das suas redes sociais para prestar contas à torcida alvinegra sobre o período em que assumiu a presidência da diretoria executiva do clube, entre os meses de fevereiro e abril deste ano. Na oportunidade, o dirigente também teceu críticas ao presidente Olavo Rodrigues, alegando que o mandatário, além de não ter ajudado o clube da forma que havia prometido, ainda teria infringido o artigo nº 105 do Estatuto do Galo ao nomear o seu filho a um cargo remunerado no Estádio Presidente Vargas.

Em um vídeo direcionado à torcida trezeana, o vice-presidente do Galo, Artur Bolinha, pontuou algumas questões internas na diretoria alvinegra que, certamente, impactaram de forma direta no rendimento do time dentro das quatro linhas.

— Quando cheguei ao clube após aceitar o convite de Olavo, uma série de decisões já haviam sido tomadas por ele, como, por exemplo, a contratação da comissão técnica, de Suélio Lacerda, de Edinho e de uma série de jogadores que já haviam sido contratados dos quais eu não conhecia quase nenhum deles. Nessa situação eu pontuei apenas que, por ter o controle administrativo financeiro do clube, o que, para mim, é uma questão fundamental, uma vez que para que o time volte a conquistar grandes feitos, e esses feitos sejam sustentáveis, é necessário um teto de gastos da folha de pagamento, onde, caso este fosse extrapolado, eu não teria qualquer responsabilidade — pontuou o cartola.

— Cada diretor contribuiu, um mais, outros menos, para deixar as contas do clube em dia. Eu, juntamente com alguns outros diretores, fomos os grandes responsáveis para que isso pudesse acontecer. O presidente não contribuiu praticamente com nada, pelo contrário, ele cometeu um gesto que o estatuto do Treze veta e veda, que é ter um parente seu remunerado. Enquanto que todos os outros diretores tinham um esforço enorme para poder buscar recursos, o presidente tinha um filho sendo pago com o dinheiro do clube, o que é vedado pelo artigo nº 105 do nosso estatuto. Preferimos, no entanto, silenciar porque não adiantava criar mais problemas, uma vez que prejudicaria o ambiente do clube. Passado o campeonato, obviamente, isso precisaria vir à tona. Não dá pra conviver com esse tipo de situação — afirmou Bolinha.

O mal estar após o suposto caso de nepotismo por parte do presidente trezeano acabou por dividir, de acordo com a fala de Bolinha, a direção galista. Segundo o vice-presidente do clube, após o fim do estadual, uma conversa entre os dois praticamente colocou um ponto final no discurso de parceria que os levou até a chefia da diretoria executiva do Galo, no dia 13 de novembro de 2021.

— Eu cheguei a dizer a Olavo: “passado o campeonato eu não me responsabilizo com mais meio real com o Treze. O esforço que tinha a fazer foi feito. A partir de agora o clube precisa ter sua própria receita para cumprir com seus compromissos — Artur Bolinha

Por fim, Bolinha condenou o que chamou de “postura lamentável” de Olavo Rodrigues por apresentar à torcida de forma recorrente "histórias mirabolantes” de parcerias que jamais se concretizam e apenas contribuem, segundo ele, para macular ainda mais a imagem da instituição no meio do futebol.

— Infelizmente, com uma postura lamentável, o presidente não consegue ter a dimensão do que é ser presidente do Treze. Continua inventando histórias, sonhando em parcerias mirabolantes que nunca se realizam e isso é muito ruim para o clube. Estou expondo essas questões para que a torcida do Galo tome ciência desta situação. Já solicitei ao presidente do Conselho Deliberativo, João Targino Alves, que marque uma reunião para que façamos a prestação de contas para que a transparência seja a mais absoluta possível e que não paire qualquer tipo de dúvidas sobre o período que estivemos à frente do clube — finalizou.

GE

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